Julia
Silvia Britto
Há exatos 17
anos, um ventre cheio de vida desabrochava e preparava-se para dar a essa
vida, a luz.
E foi isso
que vimos quando a pequena menina nos foi apresentada e abriu seus lindos olhos
verdes, pela primeira vez, a nos procurar: LUZ. Daí nasceu seu nome, JULIA, a
cheia de luz.
Ao sairmos do hospital, com a pequena menina em sua cestinha,
tivemos absoluta certeza de que nossas vidas nunca mais seriam as mesmas.
Ela me invadiu como um jato forte e quente de felicidade,
fazendo com que o meu grande sonho de vida viesse, por fim, tornar-se realidade.
Eu era mãe!
Lembro-me de pensar, à ocasião, que nunca houvera pronunciado
tanto a palavra ELA. E ela chorava, e ela dormia, e ela mamava, e ela mexia
aceleradamente as pequenas perninhas numa incansável bicicleta imaginária. E ela
crescia, linda e saudável, como em um conto de fadas.
Hoje a minha princesa completa 17 primaveras. Sua vida já não
depende tanto da minha. Mas a minha depende da dela. Sua felicidade é a minha.
Suas tristezas e frustrações, são as minhas. Seus sorrisos me fazem sorrir.
Somos muito mais do que mãe e filha. Somos irmãs, cúmplices e
amigas. Tenho um enorme orgulho de ser mãe dessa jovem mulher guerreira, que
tem como armas a justiça e a força do argumento. Advogada da minha vida hoje,
da vida de outrem, quem sabe um dia? Ela já está a caminho. Esse é o seu desejo e nada lhe cairia tão
bem.
Para terminar, pois a jovem guerreira não tem paciência para
coisas que lhe tomem muito tempo de vida e que não digam logo a que vieram,
quero tentar aqui eternizar todo o profundo amor e respeito que sinto por ela.
Parabéns, muitas felicidades e muito, mas muito mais. Na verdade, TUDO. Tudo que
você quiser, Juquinha! Estarei sempre ao seu lado para ajudá-la a tornar seus sonhos em
realidade no que me for, humanamente, possível.
Um beijo enorme e cheio de admiração àquela que chegou para
iluminar a minha vida:
JULIA, a cheia de LUZ!
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