domingo, 29 de junho de 2014

Rio que te quero sendo!


Rio que te quero sendo!
Silvia Britto

Hoje eu acordei com um sentimento forte, desses que impulsionam-nos para fora da cama e que dão uma sensação de urgência no peito, como se a vida fosse muito curta e há muito a fazer. Abusada, como sempre, lanço mão de mais um dos meus milhares de neologismos para descrevê-lo. O que sinto é "CARIOQUISMO"! Rio que te quero sendo!
O Rio faz dessas coisas. Não há como resistir aos seus encantos, principalmente num lindo domingo de sol. Há um magnetismo lá fora que não deixa eu ficar aqui, quietinha, apenas lamentando a ausência enorme que sinto em meu coração. A cidade convida-me a levar minha saudade para passear.
E sempre que sou invadida por esse sentimento, vem-me à cabeça a linda canção "Valsa de uma cidade" da qual destaco um verso, que enche de alegria meu coração, maranhense, adotado por esta cidade maravilhosa:

"Vento do mar no meu rosto
E um sol a queimar... queimar!
Calçada cheia de gente
A passar e me ver... passar!"

Isso é o Rio de Janeiro! Cheiro de mar! Cheiro de gente feliz!

Mas como também sou do samba, não deixo de lembrar a letra maravilhosa de um samba da União da Ilha, Escola de Samba que, se não houvesse a Portela, teria uma grande chance de cortejar meu coração. É um samba que sempre me traz lágrimas de alegria aos olhos... Novidade! O que não me traz lágrimas aos olhos? Êita, mulher danada para transbordar pelo rosto!
Mas voltando ao samba, chama-se "Domingo", e o verso que destaco:

E o Rio, colorido pelo sol!
As morenas na praia
Que gingam no samba
E no meu futebol!

E é exatamente o que vou fazer agora! Gingar na praia aos batuques que vêm do mar!
Um sentimento maravilhoso de infância invade-me a alma! Vou pegar a minha pequenininha e vamos brincar de furar as ondas e tomar picolé de limão! Esse não é um programa para a linda mulher. Não se trata de um passeio para adultos. No máximo, ela poderá nos acompanhar para tentar resgatar um pouco o tom dourado que torna sua pele irresistível. Vaidosa, essa minha mulher... Faz questão de ver-se linda quando me olho no espelho.
Antes, um café da manhã com tapioca quentinha, feita por mim e para mim, para manter aceso meu lado nordestino, enquanto danço, livre, na cozinha, ao som da valsa e do samba que compartilhei com vocês!

Bom dia, bom domingo e bom Rio!

Rio que te quero sendo!!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Tarde de outono, no inverno


Tarde de outono, no inverno
Silvia Britto

Há momentos em que me bate um vazio tão grande no peito. Uma solidão típica de tardes frias, vazias e solitárias. De repente, me vejo aqui, disponível, com vontade de entregar meu corpo e meu coração, e simplesmente não há como... Ou há. Sei lá...
Como sempre, resta-me o recurso da escrita para desabafar meu coração dolorido. Em um momento, parece-me estar sendo cortejada, desejada e paparicada por um anjo, que me sussurra palavras de amor ao ouvido e que me faz ir às nuvens de felicidade. No outro, meu anjo desaparece e desmaterializa-se, deixando-me a pensar que sonhos tem que ser apenas sonhos. E eu continuo presa dentro de um vazio, sozinha, bêbada de felicidade descartável.
Ainda bem que tenho o dom de desabafar através das minhas palavras escritas. Anos e anos de leituras solitárias, de livros e romances pelas bibliotecas da vida, me valeram de alguma coisa. Meu coração sabe falar. Melhor ainda, sabe escrever. De modo que, pelo menos, expulso meus fantasmas do peito e os transformo em palavras.
Acho que vou sair. Mais um passeio solitário pelas ruas da Zona Sul do Rio de Janeiro, em meio aos milhares de turistas que aqui estão pela Copa do Mundo. Mas, não! Já me arrependo do que disse! Não será solitário. Será com minhas promessas, meus sonhos e meus delírios de mulher de outono. Lá fora faz um frio aconchegante e envolvente. Desses que não devem ser ignorados. Mas não é um frio tão inóspito ao ponto de não querermos que nos envolva. Perfeito para devaneios de lágrimas que insistem em sair.
Também vou levar minhas músicas. Afinal, todo dramalhão que se preza deve ter uma trilha musical a altura. E lá vão renascer da sua eternidade os Bee Gees, Frank Sinatra, Cazuza, Karen Carpenter e todos os companheiros que me ajudaram a desabafar e aliviar meu coração na minha adolescência. Amigos leais de toda uma vida que sempre estavam ali, a espera de um comando para me acompanhar.
E essa sou eu, mil mulheres em uma. Hoje, já fui moleca, mãe, dançarina, estudante, amiga e doutora. Agora, deixarei minhas lágrimas encarregarem-se de dar-me aquele prazer melancólico e solitário que só os fortes entendem. Paradoxal? Não! É preciso ser forte pra ser verdadeiro, assumir-se e admitir-se louco. A vida é para os corajosos e para os petulantes. E que venham a solidão, as lágrimas e as dúvidas. Que todas as perguntas que não posso responder tomem conta de mim. Que as pessoas façam sentido. Que minha imaginação fértil me ajude a entender e encontrar respostas que tornem tudo mais simples, como tem que ser a vida.


domingo, 22 de junho de 2014

Mamãe e papai

Mamãe e papai
Silvia Britto

Hoje eu sonhei com a mamãe e com o papai. Fazia muito tempo que não sonhava com eles nem individualmente, imaginem juntos!
A primeira lembranças que tenho de meus pais é de pessoas alegres, barulhentas, festeiras. Praticamente toda semana arrumavam alguma bagunça para fazer em casa e chamar os amigos.
Minha mãe ia pra cozinha fazer as comidas inesquecíveis que costumavam maravilhar a todos, vatapá, torta de camarão, caruru, dobradinha, repolho recheado... Lembro-me dela, cozinhando angustiada pelo tempo que corria, de bobes no cabelo e com as unhas impecavelmente vermelhas. Era danada, aquela baixinha.
Enquanto isso, meu pai cuidava da "pista de dança". Afastava os móveis da sala, escolhia o repertório, colocava a cerveja pra gelar e já aproveitava para ir abrindo os trabalhos ele mesmo, com uma Antártica bem gelada e Nelson Gonçalves aos berros na vitrola.
Eu, criança, passava da sala para o quarto, e daí para a cozinha, ocupada com meus afazeres infantis, absorvendo toda aquela atmosfera festiva e animada.
E iam chegando os amigos. Vários amigos. A casa ficava cheia e eu me perdia naquele mundo de vozes, cheiro de comida gostosa, música alta, risadas e muita animação.
Do meu pai, herdei a alma boêmia, a coragem de sair pelo mundo e adequar-me a qualquer situação. Sem querer ser modesta, pois isso não combina comigo, também herdei-lhe o charme. Fazia sucesso por onde passasse, o Dr Britto.
De minha mãe, herdei a maneira honesta e verdadeira como sempre encarou a vida, a facilidade de falar com todos sem inibição, a sensualidade moleca e bagunceira e os lindos olhos verdes... Ah, os olhos verdes! Eram sua marca registrada e ganhavam elogios por onde iam. Mas eles continuam vivos em meu rosto e os elogios também continuam.
Infelizmente, por caminhos da vida, que nem mesmo eles sabem a razão de terem percorrido, essa animação foi morrendo aos poucos. Em seus últimos anos, meu pai já andava deprimido em cima de uma cama e minha mãe perdeu também aquele brilho e energia que lhe eram tão peculiares. Triste, mas quem sou eu para entender as peripécias da vida.
Voltando ao sonho, que eu sou craque em perder-me em pensamentos paralelos!
Sonhei que estávamos em uma espécie de festa, em uma praça interna de algum lugar. Tocavam, um atrás do outro, os lindos boleros da minha infância. Fui seguindo a música e deparei-me com uma espécie de coreto, onde alguns casais dançavam meio desanimados. Eis que surgem lá do fundo, meu pai e minha mãe, dançando lindamente como costumavam fazer em sua juventude. Esqueci de dizer que os dois arrasavam em uma pista de dança! Mas, no meu sonho, tinham a aparência da última lembrança que tenho deles. Apenas traziam no rosto a alegria e o brilho da sua juventude. e rodopiavam lindamente pelo coreto.
Eu, assistindo de longe, não conseguia conter minhas lágrimas e soluçava sem parar, da mesma forma que faço agora, ao escrever este texto. Sinto que, de alguma forma, eles encontraram um caminho de chegar até a mim e me dizer para não desistir de sorrir, de dançar e de ser feliz. Que eu pegue a mão do meu amor e saia por aí dançando nas ruas, nas festas infantis, na Lapa, nos bailes da vida, com amigos e com muita alegria e vontade de viver.
E é exatamente isso que pretendo fazer, papai e mamãe. Dar a mão para o meu amor e seguir festejando a vida por onde eu passar, deixando sempre um rastro de otimismo, positividade e alegria por onde passarmos. Dessa vez, eu prometo obedecê-los.
E agora, com licença que a vida me chama insistentemente para ouvir um chorinho na praça. Ainda sem o meu amor. Mas tenho certeza de que ele está a caminho e que juntos seguiremos felizes até o final de nossos dias. E por mais um ano!


sábado, 21 de junho de 2014

Sossega o rabo, menina!


Sossega o rabo, menina!
Silvia Britto

- Sossega o rabo menina!

Isso era o que eu mais escutava minha mãe falar quando ela ainda estava entre nós. Às vezes, o "menina" era substituído por "Silvinha", quando a "arte" era mais branda, ou "peste", quando mais moleca. Mas do que eu não gostava mesmo era quando ela mandava o "Silvia Helena"! Aí, podia esperar que vinha chumbo grosso!
Sempre fui atrevida e petulante, não no trato com as pessoas, mas em minhas atitudes. Adorava fazer coisas que saiam do script esperado pois sempre eram as mais gostosas de viver. Andava de carrinho de rolimã pelas ladeiras da vida, tocava campainhas e saía correndo com o coração a mil por hora, dava calote pela porta traseira dos ônibus... Enfim, sempre uma boa molecagem, sem fazer mal a ninguém nem colocar em risco a minha vida, que sempre amei de paixão.
Lembro-me de uma vez em que estava em São Luis - MA, com meus primos Pedro e Paulo e um amigo querido, Raimundinho. Enquanto nossa vó Laíde tomava café na copa com a Mundica, tia do Raimundinho, nós três aprontávamos no andar de cima da casa dele. Passávamos cerol na linha do papagaio (pipa, no Rio de Janeiro) e, não satisfeitos com isso, pulamos a janela e fomos os três para o telhado. Infelizmente, era bem em cima da copa e poucos segundos depois, duas vozes histéricas ordenavam-nos que saíssemos já dali! Bando de moleques encapirotados!
E sempre sobrava para mim a eterna ladainha:

- Mas até você, Silvinha? Uma mocinha?

É... Felizmente, até eu!
Se há uma coisa da qual me orgulho em mim mesma, é essa coragem de me atirar de cabeça na vida. Isso não faz com que eu me sinta menos princesa do que sou. Sou princesa até demais, obrigada! Mas sou uma princesa que anda com os pés descalços pela rua, toma banho de chuva com roupa e tudo, faz amor no chão e na piscina, topa tudo para o que é convidada e não se inibe, nem muda de comportamento, se está numa cobertura da Vieira Souto ou num barzinho numa praça no Irajá.
E é assim que sei viver. Sou intensa, sou inteira. Choro de verdade, rio de verdade, sambo de verdade, sou amiga de verdade, gozo de verdade e, acima de tudo, AMO de verdade. Assim pretendo seguir até o fim dos meus dias e por mais um ano, sempre ouvindo alguém dizer:

- "Sossega o rabo, menina!"


quinta-feira, 19 de junho de 2014

Feliz continuação



Feliz Continuação
Silvia Britto

Estou eu aqui, no meio de uma tarde chuvosa, continuando com a minha vida solitária e sonhando com paixões improváveis e carinhos fugidios. Gostei dessa palavra, fugidio. É como tenho sentido a felicidade ultimamente. Fugidia, como a neve dos contos de Natal. Parece-me que chega e me domina por momentos que parecem intermináveis para, de repente, fugir, desaparecer, e me fazer pensar que tudo não passou de um sonho. Talvez, felicidade seja isso mesmo: pequenos sonhos que acontecem ao longo da vida. Por isso é tão importante que não os ignoremos quando se fazem presentes.

Tenho vivido numa montanha russa de emoções. Há momentos em que me sinto a mais plena das criaturas. Feliz, amada, brincalhona, bonita. E outros, como agora, em que as lágrimas têm a força de um rio rebelde e agitado. Dessas que não pedem licença e já saem rasgando os olhos e o coração. E vem a solidão. Palavra que não me abandona nunca. 

Havia feito planos perfeitos terminar os meus dias. Por que deram errado? Será que foi o excesso de expectativa? Há até alguns momentos em que me sinto feliz quando, por exemplo, ouço uma música gostosa que me faz dançar, vejo um jogo bom da Copa do mundo, brinco com amigos pelas ruas do Rio de Janeiro...

Mas de resto... 

Ainda há pouco, resolvi sair para passear. Mas a chuva insistiu em se fazer presente o tempo todo, frustrando minha empreitada. Voltei para casa, sozinha, observando as famílias e os namorados se apertando em baixo de guarda-chuvas de cores indecifráveis na tarde molhada. 

E dormi.

Acordei agora, com o barulho da chuva e com o desejo que ela sempre me provoca de namorar. Olhei para o lado, torcendo para estar sonhando e ter ao meu lado alguém com quem dividir essa loucura ao barulho da chuva. Nada. É. O jeito é voltar a dormir. Quem sabe o sonho não chega.

Um sentimento de ressaca de mim mesma não me deixa levantar. Mas o mundo me chama.Tenho que sair da concha novamente. Não queria... Queria ficar aqui para sempre, sem ter que dar explicações a ninguém. Para sempre e mais um ano.

Mas algo me dá forças para levantar e continuar. Repete baixinho dentro de mim que a felicidade é um trabalho de equipe. ”Levanta! Vai procurar tua turma!” E eu vou. Olhos inchados, coração apertado, porta adentro desse novo momento, buscando saciar a saudade de fazer falta a alguém e de poder preencher essa falta de forma plena e recíproca.

Feliz vida que continua!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Com certeza


Com certeza

Silvia Britto

Há dias em que o coração acorda leve, inundado de certezas necessárias para que sigamos pela estrada da vida com a Paz de que tanto necessitamos. Certeza e Paz são aliadas imbatíveis para que caminhemos até mesmo nas contramãos das lutas, para que nademos contra a corrente dos desafios e que, mesmo assim, sigamos fortalecidos.
Dúvidas são pequenos seres imobilizantes que desviam-nos do foco e tiram-nos a tranquilidade de poder lutar com tranquilidade. A certeza é o antídoto divino para a dúvida. É o que nos faz ter força para lutar pelo que nos fará felizes.
Hoje meu coração acordou assim, forte e corajoso, bem mais a ver com minha essência positiva e atitude otimista perante a vida.
Acho que foi obra de mais um anjo que deve ter sussurrado aos meus ouvidos que, com certeza, há algo muito bom reservado para mim, lá na frente, se eu tiver coragem de seguir de cabeça erguida, distribuindo meus incansáveis sorrisos e minha ingenuidade espontânea e genuína.
Já disse antes aqui que sou ingênua por opção, não por burrice. Sou ingênua por acreditar que tudo que aqui se faz, aqui se colhe. E foi esse o recado que a vida mandou me entregar. Não era possível, nem tampouco justo, que uma pessoa como eu, que sai de casa sempre vestindo seu melhor sorriso e pronta para ofertar seu mais apertado abraço, não fosse também merecedora de um retorno ensolarado e risonho!
Mesmo não sabendo quando isso se dará, só essa certeza já faz com que eu siga feliz, colecionando momentos felizes, cada vez mais, para que tenha, ao fim desta estrada chamada vida, uma linda história para contar.
O dia de hoje, um dia será passado. Nada mais fantástico do que ter a possibilidade de construirmos nosso passado! Já pensaram nisso? Que esse passado que construímos hoje, seja um lindo dia a ser lembrado em nosso futuro!
Obrigada anjo divinal que sussurrou em meus ouvidos, em algum momento de lucidez, que a vida vale a pena ser vivida. Até um dia, até quem sabe, mas COM CERTEZA! Deus saberá dizer quando, mas a certeza... Ah! A certeza é uma palavra libertadora no caminho da felicidade.


terça-feira, 17 de junho de 2014

Orgulho Tupiniquim


Orgulho Tupiniquim
Silvia Britto

Hoje eu fui ver o jogo Brasil x México na praia de Copacabana, ou seja, no centro do universo nesses dias de Copa do mundo. Fiquei encantada com o que vi. Pessoas de várias nacionalidades confraternizando, comemorando como se o mundo inteiro fosse uma só irmandade.
A atmosfera contagiava pela sua alegria infantil e tranquila.Éramos milhares de crianças brincando de futebol, uma das coisas que mais amo no mundo, depois de namorar. E eu estava só. E ao mesmo tempo não estava só. Sentia-me inundada por uma felicidade inexplicável. Sentia falta do meu amor mas percebia que as pessoas à minha volta me acolhiam como eu as acolhia também.
Chorei e emocionei-me ao cantar o Hino Nacional com toda a força dos meus pulmões e do meu coração. Encanteii-me ao pedir que meu amiguinho chileno, de 10 aninhos, Juan, tirasse a foto que ilustra este texto. Engraçado quando se tem a certeza de que para sempre faremos parte da memória de alguém. Assim serei eu para o pequeno Juan, que apaixonou-se pela minha alma moleca e brincalhona. Isso é vida, isso é encontro, isso é felicidade de viver.
Saí no meio do primeiro tempo, pois não conseguia assistir ao jogo de forma satisfatória. Como há gente alta no mundo! E fui andando, pelo meio da rua, Avenida Atlântica, sem carros, pés descalços, daquele jeito que faz com que  a gente sinta como se o mundo nos pertencesse, sabem como? E, de molecagem, inseri-me nas fotos dos turistas, entoei os cânticos dos Hare Krishnas que ali estavam tentando expandir a sua paz, tirei fotos para casais apaixonados e segui feliz, pela estrada do sol, com o calor do astro rei a aquecer-me a alma. Fui assistir ao segundo tempo na casa de uma amiga querida, minha mais nova irmã e amiga de infância, que acolheu-me no seio da sua linda família.
Tudo isso faz com que eu entenda e tenha a resposta para as pessoas que sempre me perguntam porque retornei ao Brasil depois de nove felizes anos em Londres, Inglaterra. Voltei por isso, porque sou brasileira, com muito orgulho, com muito amor. Aqui encontrei o amor, a mim mesma e a minha felicidade. Vamos Brasil!!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O mundo por onde andei: London Town


O mundo por onde andei: London Town
Silvia Britto

Desde muito pequena que tinha uma admiração inexplicável pela Inglaterra. Adorava saber que reis e rainhas não eram só invenções de contos de fada. Gostava das cores da sua linda bandeira. E aos poucos a vida foi me apresentando britânicos ilustres que só aumentariam essa minha admiração.
Primeiro foram os Beatles, paixão forte e eterna. Eles dizem tudo que eu sempre quis dizer. Musicalmente, berço do rock e das grandes bandas que me emocionam até hoje: Pink Floyd, Genesis, Jethro Tull, Led Zeppelin, Renaissance, Sir Elton John, e muitos outros favoritos e ídolos de todos os tempos. Depois, a paixão pela leitura, que crescia ao perder-me pelos enredos maravilhosos e viciantes da grande dama, Agatha Christie.  E Bond... James Bond, o espião que tem licença para matar. Os ônibus vermelhos de dois andares, o Big Ben às margens do Tâmisa, Portobello Road, Oxford Street, Camdem Town, Hyde Park...
Qual não foi a minha emoção quando a vida, aos meus 25 anos, oferece-me não apenas a oportunidade de conhecer a Inglaterra, como a de morar em Londres por quatro anos! Era a minha primeira viagem internacional.
Aos sete de setembro de 1988, desembarcava eu, no centro da capital inglesa, o grande cenário dos meus sonhos de menina, London Town. Pareceu-me estar desembarcando no meio de um sonho psicodélico em que Lucy descia dos céus com seus diamantes para encontrar-me ao lado de Mr Bond, o espião que me amava, enquanto tomava-mos chá com a Rainha em uma trama a ser resolvida por Hercules Poirot, o impagável detetive de Ms Christie.
E assim passaram-se quatro anos, seguidos de mais cinco, tempo em que fui aos mais fantásticos museus do mundo, relacionei-me com pessoas do mundo inteiro, na mais cosmopolita das cidades, fiz amigos que mantenho até hoje e andei de moto pelas suas ruas estreitas e exuberantes em História, bombas, sangue, guerra e Paz.
Amava sentar-me em um pub com um amigo querido de Liverpool, tentando entender como funcionava a tal da “paquera” inglesa, em que as mulheres não podiam perceber que os homens as olhavam para não se sentirem invadidas e desrespeitadas. Tudo isso ao sabor de uma deliciosa e encorpada Guinness, a cerveja dos machos, a que me fez ver que eu sou mais macho que muito homem.
E ali amadureci em cultura, arte, cidadanismo e música em meio a lindos e verdes parques, os mais lindos que já vi, principalmente durante a primavera. Ali amei, separei-me, chorei, reconciliei-me, tive amores e amantes, amizades e cumplicidade com seu povo e sua arquitetura. Tornei-me – com distinção! – professora de Inglês e dominei, de uma vez por todas, a língua que tanto me encantava, podendo ler Jane Austin, Oscar Wilde e Shakespeare em seu mais puro original.
Mas era chegada a hora de retornar à pátria amada, salve, salve... Essa decisão pegou a todos de surpresa, inclusive a mim e ao meu grande companheiro de aventura à época. A gota que faltava para fortalecer a decisão de retorno ao Brasil crescia em meu ventre, dando-nos a coragem de que precisávamos para fechar esse lindo e importante capítulo em nossas vidas.
E o dia da despedida chegou. Lembro como se fosse hoje, sentada na janela do táxi que nos levaria a Heathrow, passando por lojas, ruas, becos e esquinas que viverão para sempre em minha memória. No colo, trazia a pequena menina, aquela que para sempre manteria esse lindo vínculo que tenho com Londres, minha Lady Julia. Ela foi made in England e é inglesa por direito. Trará para sempre essa identidade em seu passaporte e no seu espírito de cidadã do mundo, justa e guerreira, como a terra que a trouxe à luz.
Hoje eu digo, sem medo de errar, que meu coração é verde e amarelo mas traz em seu interior uma linda estrela vermelha, azul e branca, que tenho muito orgulho em carregar.

God Save the Queen!

O mundo por onde andei


O mundo por onde andei
Silvia Britto

Como sou petulante por natureza, resolvi agora, vez por outra, escrever alguns textos para imortalizar, em minha memória, os lugares por onde andei. Quase um diário de viagem baseado em recordações. 
Como este blog não tem aspirações literárias e sim libertadoras das minhas emoções, tenho a ousadia de recordar e tentar, em poucas palavras, descrever as sensações que cada lugarzinho desse lindo mundão deixou em mim. 
Sei que vou esquecer de muita coisa, mas espero conseguir fazer com que  as lembranças mais fortes deixem de ser apenas tatuagens em meu coração e transponham-se para o papel... Ou tela, já que sou uma mulher moderna e atual. Do meu jeito torto, mas eu sou moderna!
Seguir-se-ão minhas peripécias pelo mundo, do Castelo da Rainha em Londres ao do  Drácula, na Transilvânia. Da antiguidade mitológica da Grécia ao modernismo descartável dos Estados Unidos. Das quentes manhãs do Mediterrâneo aos eternos dias de neve intensa no Canadá. Lugares distintos que terão aqui, como único ponto em comum, a minha visão mundana, nada intelectual, sonhadora e infantil de cada um deles.
E daqui a pouco iniciarei a viagem pelos caminhos tortos das minhas lembranças, revivendo lugares, cores e sabores de um mundo tão distante mas que também agora posso chamar de meu, haja vista ser testemunha ocular e transviada das suas ruas, estradas, túneis e viadutos.

Então, apertem os cintos e let’s go! ¡Vamos! Allons! Andiamo!

Primeira parada: London Town!


Aguardem apenas eu organizar minhas ideias e lembranças para começar a “viagem”...

terça-feira, 10 de junho de 2014

Sem texto


Sem texto
Silvia Britto

Este é um texto que não vou escrever, pois minha alma está vazia de vida e de inspiração...
Não escrevo mas respiro...
















...



domingo, 8 de junho de 2014

Julia


Julia
Silvia Britto

Há exatos 17 anos, um ventre cheio de vida desabrochava e preparava-se para dar a essa vida, a luz.
E foi isso que vimos quando a pequena menina nos foi apresentada e abriu seus lindos olhos verdes, pela primeira vez, a nos procurar: LUZ. Daí nasceu seu nome, JULIA, a cheia de luz.
Ao sairmos do hospital, com a pequena menina em sua cestinha, tivemos absoluta certeza de que nossas vidas nunca mais seriam as mesmas.
Ela me invadiu como um jato forte e quente de felicidade, fazendo com que o meu grande sonho de vida viesse, por fim, tornar-se realidade. Eu era mãe!
Lembro-me de pensar, à ocasião, que nunca houvera pronunciado tanto a palavra ELA. E ela chorava, e ela dormia, e ela mamava, e ela mexia aceleradamente as pequenas perninhas numa incansável bicicleta imaginária. E ela crescia, linda e saudável, como em um conto de fadas.
Hoje a minha princesa completa 17 primaveras. Sua vida já não depende tanto da minha. Mas a minha depende da dela. Sua felicidade é a minha. Suas tristezas e frustrações, são as minhas. Seus sorrisos me fazem sorrir.
Somos muito mais do que mãe e filha. Somos irmãs, cúmplices e amigas. Tenho um enorme orgulho de ser mãe dessa jovem mulher guerreira, que tem como armas a justiça e a força do argumento. Advogada da minha vida hoje, da vida de outrem, quem sabe um dia? Ela já está a caminho. Esse é o seu desejo e nada lhe cairia tão bem.
Para terminar, pois a jovem guerreira não tem paciência para coisas que lhe tomem muito tempo de vida e que não digam logo a que vieram, quero tentar aqui eternizar todo o profundo amor e respeito que sinto por ela. Parabéns, muitas felicidades e muito, mas muito mais. Na verdade, TUDO. Tudo que você quiser, Juquinha! Estarei sempre ao seu lado para ajudá-la a tornar seus sonhos em realidade no que me for, humanamente, possível.
Um beijo enorme e cheio de admiração àquela que chegou para iluminar a minha vida:
JULIA, a cheia de LUZ!

Sem nome


Sem nome
Silvia Britto

Não há como negar que encontro-me em um relacionamento mas, sinceramente, não sei que nome dar a ele.

Sexo não pode ser pois, desde que o mundo é mundo, são necessárias duas pessoas para que esse encanto se dê.
Namoro também não é, já que o Dia dos Namorados vem aí e eu não vou ganhar uma mísera rosa que seja.
Casamento? Longe disso! Já tive a petulância de fazer o pedido e não obtive resposta.
Flerte? Não... Palavra muito fraca para descrever o que sinto.
Carinho? Imensamente! Mas também não é só isso, droga!
Droga? É... Talvez. Acho que estamos chegando perto.
Sinto-me embriagada pela paixão.
Paixão platônica? Nem sei mais...
Uma paixão que me impede de dormir à noite e me faz sonhar acordada ao longo do dia.
Mas também não é só paixão.
É algo que vai além disso, pois paixão tem cura e o que sinto é orgânico, crônico.
Loucura? Mais uma vez aproximo-me da realidade.
Realidade? Aí já acho que não...
Sonho? Talvez...
Mas sonho que se sonha só, pela lógica, NÃO é realidade.
Mas é algo que eu quero muito.
Com todo meu corpo e minha alma.
Mas não sei dar o nome ao meu desejo.
Desconfio que SE um dia tornar-se realidade, terei que inventar um nome para isso.
Afinal, não sou eu a rainha dos neologismos?
Mas o nome já se esboça em meu coração...

...


sábado, 7 de junho de 2014

É ruim da cabeça ou doente do pé!


É ruim da cabeça ou doente do pé!
Silvia Britto

Fui almoçar com um amigo querido. Rimos, choramos, lembramos da nossa adolescência feliz e livre, torcemos muito para que reencontremos nossos caminhos, enfim... "amigamos".
Ao final, separamo-nos jurando sermos mais frequentes em nossos encontros para mantermos acesa a chama da nossa linda amizade, pilar fundamental de nosso relacionamento. Assim não fosse, a vida não nos daria o presente do reencontro depois de quase 35 anos!
E lá vinha eu, sozinha pelas ruas do Centro do Rio, quando comecei a observar as pessoas passando por mim. Umas vinham em bando. Outras, solitárias que nem eu. Todas com pressa de ir de algum lugar a lugar nenhum. E eu, a observar aquela solidão coletiva. Dei-me conta de que nenhuma delas percebia a deliciosa brisa morna que lambia nossos rostos naquela linda tarde de outono. E fiquei triste por elas. Estavam com pressa de chegar, sabe-se lá Deus aonde.
Deixei uma grande Paz invadir-me o peito e fechei os olhos. Ao fundo, identifiquei um som que me chamava insistentemente: era um samba! De um dos bares da Rua do Ouvidor, chegava-me aos ouvidos a linda canção do Agepê, que sempre me fez sonhar e esperar que alguém, um dia, a cantasse para mim: "Deixa eu te Amar". Entendi que aquele era um pedido que a vida me fazia para aproximar-me dela e fui andando, em direção à melodia.
Um grupo de samba tocava, animado, em um dos bares e as pessoas em volta pareciam nem perceber o encanto que ali se dava. Fui chegando devagarinho e pedi um chope no balcão. Aos poucos, e sem que me desse conta, comecei a balançar o corpo ao sabor daquelas lindas melodias. De Agepê, passaram à Clara Guerreira, engatando, logo em seguida, meu eterno ídolo, Paulinho da Viola. Quando entoaram o grande Rio Que Passou em Minha Vida, percebi que lágrimas corriam pelo meu rosto.
E quando as lágrimas rolaram, o cantor do grupo deu um breque e perguntou porque chorava a tão linda senhorita. Levei alguns segundos para perceber que ele falava comigo. Sem me dar por rogada, respondi com a sinceridade que me é peculiar: "Choro porque meu coração está com saudades". Ele fez uma expressão engraçada com o rosto e disse que não podia crer em tal blasfêmia. Que quem quer que houvesse feito aquilo comigo, era ruim da cabeça ou doente do pé. E pediu-me que fizesse um pedido de alguma música que seria dedicada a mim. Como sou abusada e atrevida, pedi "Pensando em Ti ", de um dos melhores cantores brasileiros de todos os tempos, em minha opinião, Nelson Gonçalves. Confesso que não tinha nenhuma esperança de que meu pedido seria atendido. Feliz engano! Ele sorriu e mandou ver, olhando-me nos olhos e fazendo-me a alma quente de vaidade e felicidade por ter inspirado aquele momento. E não parou por aí. Mandou mais umas três do mestre Nelson, para mostrar que não era fraco!
E eu sorri. Aquele gesto de carinho, vindo de alguém que nunca me havia visto, fez-me imensamente feliz por ver que minha aura não era tão invisível assim. Melhor! Deu-me a certeza de que não sou ruim da cabeça e muito menos doente do pé!
Pedi a saideira, sambei mais um pouco e segui minha estrada, não sem antes soprar um beijo carinhoso ao cantor, que me respondeu com uma encantadora piscadela.
Fica aqui uma dica: se querem me fazer feliz, não me convidem para shoppings, templos de consumismo em que se busca comprar uma autoestima que pode ser trocada por qualquer outro artigo de preço similar. Chamem-me para o SAMBA! Não me deem joias caras, que só servem para provocar a cobiça e a inveja alheia. Paguem-me uma cerveja! Não sou uma mulher cara. Sou uma mulher extremamente barata! O difícil é encontrar quem consiga pagar o meu preço, que é o da simplicidade de viver.
E continuei o meu caminho, sentindo a brisa morna no rosto, sem pressa de chegar, saboreando os pequenos prazeres da vida, que fazem com que eu me sinta uma mulher muito iluminada por provocar esses contatos Divinos, sendo apenas eu mesma, despida de quaisquer estratégias de egoísmo e desamor.

Anjos


Anjos
Silvia Britto

Este texto é para agradecer aos anjos que a vida manda-me de presente. Pequenos anjos de Luz, que sempre iluminam meu caminho quando a estrada torna-se inóspita e difícil de ser trilhada.
Ando um tanto quanto perdida e sem saber como agir em minha vida. Novidade, né? Esse é sempre o destino dos que se arriscam demais. Mas de todas as "viagens" que já fiz, esta talvez seja a mais ousada.
Pular de olhos fechados em busca do amor é uma aventura que não posso chamar de um privilégio só meu. Mas pular desta forma, sabendo que a chance de arrebentar-se em cima da dor de tornar-se inconveniente e pequena é de quase 100 por cento, é uma prerrogativa minha.
Amor não é isso. Amor não pode fazer sofrer a um ponto de tornarmo-nos pequenos e inconvenientes. O amor, só pode ser vivido em sua plenitude, quando correspondido. O amor é par. Nunca ímpar.
Também só se pode chamar de amor verdadeiro, quando as duas almas podem abraçar-se livremente, juntando coração com coração, sem ter medo do que isso possa significar ao fim desse abraço. Se não for assim, a relação é platônica, unilateral. E nada pior do que um amor em que se dá mais do que se recebe.
Somos todos livres para fazer as nossas escolhas. A danada da vida é que cisma em tornar as coisas difíceis, apresentando-nos pessoas que não podem ou não querem fazer parte da nossa história.
É certo que, também, vez por outra, ela nos manda anjos para mostrar que nem tudo está perdido. Uma vez, ela me mandou um anjo da lama. Um anjo que me levou para trilhas no meio do mato, que me fez ver que a vida também existia além da resignação de um amor autista ao qual me submetia à época. Essa foi a sua função. Assim como veio, o anjo se foi. Mas colocou-me no caminho certo de encontrar o verdadeiro amor.
Encontrei o homem que sempre havia procurado por toda a minha vida. Senti-me completa. Senti-me rainha. Senti-me a mais plena das criaturas e não tinha dúvidas de que chegara em casa. Mas não durou muito tempo. Para variar, estava eu no lugar errado, na hora errada e tenho que me resignar a deixar esse amor partir. Ele não estava pronto para mim. Deixou-me antes que eu tivesse a bênção de tornar-me a mulher mais feliz do mundo. Ainda não era chegada a minha hora.
Meu mundo ruiu com essa perda. De lá pra cá, comecei a desconhecer a mim mesma. Perdi-me da criança e da linda mulher que moram dentro de mim. A muito custo, consegui resgatá-las. Estamos juntas novamente. Mas ainda estamos, as três, perdidas, sem saber por onde seguir.
E a vida, mandando anjos... Anjos que fazem letras de música em que me dizem ser eu o seu tema. Anjos pacientes e carinhosos. Pequenos anjos, com enormes corações. Talvez para me mostrarem que o caminho do amor que eu tanto busco, deve ser semeado com paciência e resignação aos fatos que fogem ao meu controle. Anjos que vêm para me mostrar que a vida também é feita de momentos felizes.
Já fiz o meu papel. Já esperneei, revoltei-me, humilhei-me e jurei amor eterno. Agora não depende mais de mim. Sigo na vida tendo a convicção de que fiz tudo ao meu alcance para tentar ser feliz. Tudo e mais um pouco, até mesmo além do que minha dignidade permitia-me fazer.
Há pouco acordei de um sonho, com olhos inundados de dor por sentir-me inconveniente e pequena, preterida pelo meu amor. Talvez esse tenha sido o sinal de que estou fazendo tudo errado com a minha vida. Não posso parar e desejar o que não pode ser meu. Se não é meu por falta de coragem ou por falta de amor, não cabe a mim julgar. Se for realmente meu, um dia ele voltará. Se nesse dia, eu também estiver disponível para ser a mulher mais feliz do mundo, assim serei. Para sempre esperarei e torcerei para que isso aconteça. Mas, por enquanto, vou aproveitando o que a vida me traz, aprendendo com meus anjos que a vida também é feita de momentos felizes, como eu disse anteriormente. E que eles venham com força! Que sejam cada vez mais frequentes, pois a vida é uma só e eu tenho pressa e necessidade de sorrir.
E aqui vai uma mulher, corajosa e petulante, com um sorriso nos lábios e com um rebolado que é muito mais que um poema!

Obrigada, meus anjos! Eu amo vocês!


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Recado de amor




Recado de amor
Silvia Britto

Todos os dias, olho para o céu e agradeço por ter te encontrado.
E apenas torço para poder viver contigo até o fim da minha vida.
Eu apenas te amo. Nada além disso. Nada mais te posso oferecer.
Peço ao nosso Deus que te traga logo de volta pra mim e me fortaleça
só em saber que tu existes.
Sonho contigo de olhos abertos, enquanto todos dormem, e os fecho para tentar te encontrar, sentir teu cheiro e buscar teu calor.
Na madrugada, tento lembrar de um suave beijo teu em meu rosto, sussurrando em meu ouvido que me amas, para encontrar a Paz de adormecer em teus braços.
Dormindo, o tempo passa mais rápido, e não sinto tanto a dor da tua ausência.
Escrever sobre o meu sentimento por ti, deixa-me  imensamente feliz pois percebo a sorte que tenho de ter alguém a quem chamar de amor.
Quer casar comigo?
O som do sim é distante, mas o do não eu não ouço... Ou finjo que não ouço...
Deixo as esperanças moldarem meu futuro.