quarta-feira, 1 de abril de 2015

Celebrar o quê?

Celebrar o quê?
Silvia Britto

Sem brincadeira...
Não creio em religiões, mas, se eu fosse Jesus, estaria muito danada da vida!
As duas festas maiores do Cristianismo, seu nascimento e morte, são mais celebradas por causa de um velhinho com um saco cheio(?) de presentes e por um coelho que põe ovos(?) de chocolate?
Onde está o sentido dessa fé? Comer bacalhau na sexta-feira é suficiente para render-se homenagem a quem morreu por toda uma legião de seguidores?
De qualquer maneira, desejo uma boa Páscoa a todos.
Aproveito para desejar Chag Sameach aos meus amigos judeus que comemoram o seu Pessach.
Celebra a libertação dos escravos hebreus do domínio do faraó egipcio. A mais linda história de libertação que conheço. Liberdade essa, conquistada a duras penas, muito sofrimento, dez pragas e 40 anos vagando pelo deserto hostil a caminho da Terra Prometida. Não esquecendo que Jesus, como um bom judeu que era, também celebrava essa libertação e foi traído exatamente no seder (jantar) de Pessach, que, a partir daí, ficou conhecido, pelos cristãos, como a Santa Ceia.
Seja qual for a religião ou a história, essa é uma época de celebração da vida, de superação, de realização do que parece impossível. A fé está em cada um de nós, na nossa força e determinação de domarmos nossos fantasmas e passarmos por cima das nossas dificuldades em busca da liberdade. E liberdade sempre me emociona.
Que todos tenhamos fé e acreditemos no nosso êxodo rumo à felicidade, na morte das nossas limitações e na ressurreição da nossa boa vontade de fazer um mundo melhor.
Amém!

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