domingo, 18 de maio de 2014

A sorrir, eu pretendo levar a vida




A sorrir, eu pretendo levar a vida
Silvia Britto

Não sei mostrar o que não sinto... Meu bem e meu mal.
É claro que a vida não cansa de me dar rasteiras e de me fazer chorar muito também. Mas fiz a opção de encarar tudo de frente e aceitar o que essa tinhosa dessa vida resolve fazer comigo, de frente e com alegria.
Mesmo triste, eu SOU feliz.
Tenho a plena convicção de que a vida é curta e que pode ser muito cruel com os que dela desistem e com os que fazem a opção pela acomodação preguiçosa, abdicando de correr atrás dos seus sonhos.
Às vezes, a dor é tanta que as lágrimas roubam o meu sorriso por dias que parecem intermináveis. Mas ele sempre volta, insistindo em me mostrar que se algo me fez chorar não era para mim. Pelo menos, não da forma em que se apresentou. Preciso de sorrisos abertos, abraços apertados, pessoas inteiras e amores corajosos.
Sei que posso parecer uma doidivanas, que chora e que ri ao mesmo tempo, mas não sou capaz de jogar minhas emoções para baixo do tapete. Choro, penso, reflito, mudo de ideia, não tenho certezas absolutas.
Apenas deixo meu coração livre para que não caia nas armadilhas de um cérebro que foi feito para tentar terminar com nossos desvarios de felicidade.
Nada contra o cérebro. Considero-me uma mulher muito inteligente, até mesmo para conseguir o equilíbrio entre esses dois órgãos vitais, cérebro e coração, sem os quais deixamos de ser seres abençoados com o poder de decisão sobre nossas escolhas.
Apenas não vou ser escrava da lógica e da razão. Prefiro seguir meus sonhos. Fiz a opção de ser feliz, apesar dos pesares. Quem quiser seguir comigo por essa estrada de intensidade, que me dê a mão. Se não puder ou vier, levarei cicatrizes, vez por outra ainda derramarei lágrimas de saudades, mas não posso desistir da minha natureza de ser feliz e sorrir para a vida.
Por isso eu deixo sim, a vida me levar. Com muito riso, cerveja, boleros, praia, sol e mar. Sambando, cantando, correndo, fazendo muito amor, tomando picolé de limão e indo ao Maraca, morrer de paixão pelo meu Glorioso amor.

Deixo aqui um apelo aos que, por acaso, lerem essas minhas aparentes sandices:

Coragem, meus queridos! Vamos ser felizes! Cuidem-se muito bem porque ninguém é capaz de cuidar tão bem de nós como nós mesmos. Sorriam! Brinquem! Amem sem esperar retorno! A felicidade somos nós que criamos quando temos a coragem de deixar o coração comandar o cérebro. Usem o cérebro como aliado, não como carrasco! Confiem nessa tal de massa cinzenta que, se conseguirem conquistar, tornar-se-á uma massa multicolorida, de mãos dadas com o encarnado de nossas emoções.

E bora que bora, que o caminho é lindo e não há tempo a perder!

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