quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Terei cara de otária?


Terei cara de otária?
Silvia Britto

Por favor, amigos...
Olhem bem nos meus olhos e me digam, com toda a sinceridade da alma: eu tenho cara de otária? Ou de burra? Ingênua, talvez? Porque não consigo entender a razão de, constantemente, tentarem enganar-me, abusando covardemente do meu amor e da minha entrega. Usam-me, inclusive, omitindo-me de outras pessoas e, portanto, tornando-me uma pessoa pequena e insignificante perante outrem.
Será esse o pagamento que a vida dá aos que nela se atiram de cabeça? Não acredito e não passo recibo!
Será que esses mentirosos crônicos não veem que quem perde, na verdade, são eles? Vivem em um mundo fictício, irreal, tendo que fazer malabarismos para andar com a cabeça em cima dos ombros nas ruas.
Já falei diversas vezes aqui que sou ingênua por opção. Mas recuso-me terminantemente a aceitar a alcunha de burra. Não sou. Pior ainda, sou muito perceptiva. Além disso, a vida cisma em querer ajudar-me para que as coisas apresentem-se, no seu estado real, bem na minha frente.
Há muito pouco tempo, por haver desmaiado e passado muito mal em meu trabalho, quase morro de desgosto, mais uma vez, ao deparar-me com mais uma tentativa de abuso emocional contra minha inteligência. Fiquei mal e preferi calar-me para absorver e melhor julgar o acontecido. Percorri o caminho contrário àquela cena, tentando entender onde havia me perdido pelo caminho.
Não fiquei mal por estarem mentindo para mim. Dessa fase já passei. Mas por pena de ver uma vida escondida, sorrateira e com tendência à solidão e ao desamor, esvair-se em mentiras desnecessárias.
Tenho pena dos que não sabem amar. Esses, constantemente acham que a vida constitui-se mais de perdas do que de ganhos. São eternos perdedores. Tristeza.
Mais uma vez estou só. Ou será que já estava só e não sabia? Ainda bem que tenho amor e força de vida suficientes para manter minha cabeça erguida, meu passo firme, minha voz sem sussurros e meu sono tranquilo, povoado de sonhos reais.
Para terminar e esclarecer mais uma vez, não confundam força de luta e amor verdadeiro com falta de autoestima e burrice. Só consegue amar de verdade, quem se ama e se aceita acima de tudo.
Estou triste, mas vou em frente, sorrindo. Estou me sentindo usada e traída, mas sigo, acreditando no amor. Fui enganada, mas rumo adiante, confiando e me entregando. A vida não para para os que dela se nutrem com honestidade. Infelizmente, não é o caso dos eternos mentirosos, doentes da alma, que não conseguem colocar seu rosto no mundo e gritar: "Ei! Eu sou feliz!"

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